Receber um convite para jogar um torneio importante pode ser um grande impulso na carreira dos tenistas que ainda dão as primeiras raquetadas no circuito profissional e não tem ranking suficiente para entrar diretamente na chave principal dos torneios de primeira linha.
O francês Quentin Hallys disputou o Australian Open e Roland Garros com wild card
Geralmente é motivo de polêmicas, pois alguns torneios reservam esses convites para estrelas e até mesmo celebridades (veja o caso do ex-jogador Paolo Maldini abaixo) do esporte para atrair mais público.
A russa Maria Sharapova, após ser punida por doping, precisou de convites para jogar alguns torneios, motivo de discussão entre tenistas do circuito. Novak Djokovic, por sua vez, levantou a taça em Eastbourne ao receber um convite da organização para jogar o torneio.
Outra finalidade do wild card é para tenistas que voltam de contusão e tem o chamado ranking protegido, casos esse ano do argentino Juan Martin Del Potro e do alemão Tommy Haas, que faz sua temporada de despedida do circuito.
Em suma, os convites a priori devem ser destinados a tenistas jovens e promissores das regiões nas quais o torneio é disputado. Há também um acordo entre as federações australiana, francesa e norte-americana, no qual são indicados jogadores dos respectivos países para compor o seleto grupo de convites.
No Australian Open, por exemplo, o francês Quentin Hallys recebeu um convite oriundo de uma seleção interna francesa, enquanto o norte americano Michael Mmoh foi o selecionado pela e da Federação norte-americana, após uma seleção previa que contabiliza os resultados obtidos. Em Roland Garros o norte-americano Tennys Sandgren foi agraciado com um convite após obter os melhores resultados entre dez tenistas aspirantes à vaga.
O tradicional torneio de Wimbledon não participa dessa troca de convites e destina suas vagas, majoritariamente, para tenistas locais. Em 2016, um caso marcante foi do inglês Marcus Willis, com um modesto ranking e se dedicando a dar aulas de tênis, após vencer seis partidas entre o pré e o qualificatório entrou na chave principal e avançou até a segunda rodada, sendo derrotado pelo suíço Roger Federer na quadra central.
Em torneios menores, conseguir um convite para a chave principal é um pouco mais simples. Geralmente, pela concorrência ser menor, as vagas são preenchidas por tenistas locais promissores ou por aqueles retornando de lesão, como foi o caso do espanhol David Ferrer, que foi disputar o torneio de Estoril, em Portugal, convidado pela organização.
Do futebol para o tênis
Um caso bem curioso foi do ex-jogador italiano Paolo Maldini de 49 anos. Atleta do Milan entre 1985 e 2009, o zagueiro faturou entre outros títulos sete Campeonatos Italianos e cinco Ligas dos Campeões da Europa, fez sua “estreia” no circuito profissional ao receber um convite para disputar a chave de duplas do Challlenger de Milão.
Em parceria com seu técnico, Stefano Landonio foi derrotado pelo polonês Tomasz Bednarek e o holandês David Pel, por duplo 6/1 na primeira rodada. A partida durou apenas 42 minutos.
“Me ofereceram alguns convites, mas este será apenas um evento isolado. Foi uma boa experiência, da qual desfrutei muito, mas não irá se repetir”, disse o ex-jogador italiano.
Veja o vídeo com alguns momentos da partida
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